A Natureza flui e renasce a cada segundo.

Não há nenhum tipo de aterro onde estejam descartadas espécies vivas que envelheceram ou deixaram de ser úteis.

O desperdício que é produzido por uma espécie, acaba por se tornar alimento e energia para outra. A energia que é providenciada pelo sol ou pelo vento permite às coisas crescerem, essas coisas depois morrem e devolvem ao solo os nutrientes. Se pensarmos um pouco, esta é a forma que a Natureza tem de nos ensinar como deveríamos comportar-nos. Não é incrível?

E este é um conceito tão simples que os humanos o adotam, certo?

Na realidade, os seres humanos tendem a adotar uma abordagem mais simples e, na verdade, bastante linear: tiramos, fazemos e deitamos fora. Não só continuamos a tirar e a gastar recursos que são finitos como, ao descartar os objetos que consideramos obsoletos, estamos muitas vezes a produzir lixo tóxico, o que é mau para nós e para o nosso planeta.

Este estilo de vida pode facilmente a tornar-se insustentável numa perspetiva de médio e longo prazo, pois os recursos são finitos e a procura por bens em geral continua a crescer.

O que podemos fazer sobre isto?

É por isso que as empresas precisam de repensar e redesenhar uma grande parte do que fazem — produtos, componentes e embalagens — de forma a que os resíduos gerados pela atividade humana possam ser reutilizados em novos processos de produção.

Imagine-se, por exemplo, que a velha e ferrugenta chaleira elétrica da avó Alice seria usada para produzir uma torradeira novinha em folha. Em vez de se deitarem as coisas fora, diversos componentes valiosos em metal ou em plástico podem ser retirados, reconfigurados ou reutilizados na produção de outros pequenos eletrodomésticos. Imagine a quantidade de matéria-prima que poderia ser poupada, ao mesmo tempo que a hora do lanche em casa da avó Alice se tornaria ainda mais deliciosa. Uma situação em que todos sairiam a ganhar, incluindo o planeta.

Como é que podemos tornar a nossa economia tão circular como a própria Terra?

Os produtos são criados para serem vendidos ou alugados, e depois usados. Se as empresas estiverem disponíveis para fazer a diferença, os produtos velhos devem ser devolvidos aos seus fabricantes, para que eles garantam que a maioria dos componentes são reutilizados ou devolvidos à Natureza.

Mais cedo ou mais tarde, passaremos a encarar a economia global como mais um círculo da vida. E vai saber muito melhor, para toda a gente.