Descartar o plástico descartável

Durante décadas, o plástico tornou a nossa vida coletiva muito mais conveniente e segura. Palhinhas, copos, sacos de compras, talheres, pratos, garrafas, caixas para comida, caixas e cuvetes de esferovite, cotonetes, todo o tipo de embalagens, película aderente. Estes são apenas alguns dos inúmeros exemplos de objetos de plástico descartáveis que desde há muito fazem parte do nosso dia a dia. São práticos e baratos.

O conforto que o plástico descartável proporciona traz consigo, no entanto, um custo muito elevado no longo prazo. Essas mesmas palhinhas, copos, sacos de compras, talheres e utensílios, e todos os outros produtos, podem tornar-se nos piores inimigos se não forem corretamente encaminhados no final da sua vida. Muito do plástico descartável é praticamente indestrutível na natureza: além de poluir e contaminar os ecossistemas, o plástico descartável contribui ainda para o agravamento do aquecimento global.

É difícil alguém tornar-se um especialista em compras desperdício zero e 100% livres de plástico muito rapidamente. A boa notícia é que “difícil” não é sinónimo de “impossível”. Com entusiasmo e com as nossas dicas, consegue-se chegar lá.

Alternativas aos plásticos descartáveis

Nos anos mais recentes têm surgido várias iniciativas que dificultam o recurso aos plásticos descartáveis. É o caso da legislação que obriga ao pagamento dos sacos disponibilizados nas lojas ou a proibição de vender copos, pratos, palhinhas ou talheres de plástico.

Sabia que?

A lei portuguesa prevê que os estabelecimentos que forneçam refeições prontas a consumir ou em regime de takeaway, bem como os retalhistas que vendem produtos a granel, são obrigados a aceitar que os clientes utilizem os seus próprios recipientes. Quer isto dizer que, na próxima vez que for buscar um arroz de pato ao Pingo Doce para o jantar, pode (e deve) levar a sua embalagem de casa. Da mesma forma, pode levar um saco próprio para as frutas e legumes, para o pão ou para as azeitonas e tremoços vendidos a granel.

Mesmo assim, continuamos a usar muito plástico descartável no dia a dia, tantas vezes de forma desnecessária. Veja algumas alternativas aos plásticos descartáveis:

Sacos reutilizáveis de ráfia Pingo Doce.
  • Sacos de ráfia

Existem há muitos anos e não perderam a utilidade nem saíram de moda. São resistentes, duráveis e podem compactar-se quando não estão a ser usados. Além disso, têm uma ótima relação qualidade-preço.

Mulher retirando frutas e vegetais de saco de tecido e colocando sobre a mesa.
  • Sacos de tecido e compactos

Usados com carinho, os sacos de tecido ou compactáveis podem ser utilizados durante anos a fio e substituir muitos sacos de plástico descartável. Além de úteis, também podem ser considerados um acessório de moda.

Mas note que o consumo de água necessário para produzir um saco de pano é significativo. É preferível ter poucos e utilizá-los muitas vezes.

Saco de rede aberto com pêssegos sobre mesa de madeira.
  • Sacos de rede para fruta e vegetais

São sacos de poliéster, reutilizáveis, laváveis e recicláveis. O Pingo Doce tem os seus, vendidos em conjuntos de duas unidades.

Saco de pano com pão sobre mesa.
  • Sacos de pano para pão

Como não sentir a nostalgia do saquinho de pano, bordado, onde a nossa avó guardava o pão? Não perca mais tempo e deite já as mãos a um saco de pão vintage.

Garrafa reutilizável ECO em máquina de enchimento.
  • Garrafas e garrafões de água reutilizáveis

Se ainda não conhece a garrafa de água reutilizável ECO, vá à loja Pingo Doce mais próxima para se inteirar do conceito. A  garrafa ECO pode ser enchida vezes sem conta com a água filtrada que está disponível em estações próprias para o efeito.

Vários sacos de plástico usados.
  • Reutilizar sacos de plásticos e de papel

Provavelmente tem em casa dezenas de sacos de plástico e de papel do supermercado e de outras lojas. A opção mais ecológica é utilizá-los até não poder mais — no fim da sua vida, coloque o saco no contentor apropriado.

Homem embrulhando sanduíche em bee's wrap sobre tábua de madeira.
  • Bee’s wrap (tecido de cera de abelha)

Ainda é uma espécie de novidade, mas o bee’s wrap já conquistou os corações de muitos consumidores mais atentos às questões ambientais. Apesar de não ser indicado para transportar compras, o bee’s wrap pode substituir a película aderente. E também serve para embalar fruta cortada, queijos ou uma sandes, por exemplo.

Pessoa segurando quatro recipientes de plástico reutilizáveis com vários alimentos.
  • Recipientes reutilizáveis

Cada cliente pode levar os seus próprios recipientes para o supermercado e comprar produtos como carne e peixe vendidos ao balcão ou comida já pronta. Os recipientes devem estar limpos, higienizados e em bom estado. Para evitar confusões na caixa de pagamento, o melhor é serem transparentes ou translúcidos.

Mudanças que se tornam hábitos

É normal haver resistências à mudança de hábitos. Para as ultrapassar, é preciso insistência e paciência. E há pequenos truques que facilitam colocar os plásticos descartáveis de lado.

  1. Tenha sempre um saco reutilizável na carteira ou na mochila. São leves, compactos, e não ocupam espaço. Dão muito jeito naquela visita rápida — e inesperada — ao supermercado.
  2. Tenha sempre alguns sacos de ráfia na mala do carro. Assim já não se esquece dos sacos quando fizer as compras do mês.
  3. Se tiver mesmo de comprar um saco de plástico para transportar as compras, prefira os que são feitos com plástico reciclado. São mais resistentes e podem ser reutilizados inúmeras vezes.
  4. Habitue-se a ter consigo uma caneca ou copo reutilizáveis, um termo para o café ou chá, e uma garrafa de água reutilizável para ir enchendo durante o dia.
  5. Se costuma almoçar takeaway em frente ao escritório, antecipe o esquecimento e leve um recipiente tipo tupperware para o trabalho. Assim não tem de recorrer aos plásticos descartáveis nem tem de pagar por uma embalagem no restaurante.
  6. Em casa, guarde arroz, massas, lentilhas, feijões, grão e cereais em recipientes reutilizáveis, especialmente de vidro. Coloque as embalagens originais no contentor certo, para serem encaminhadas para reciclagem.